Blog de Décio Machado, poeta, escritor, artista plástico, editor de livros, criador do relógio de sol de São Gonçalo, imortal da academia de letras de São Gonçalo, criador de um novo estilo literário (compactualismo universal), formado em Administração pela Universidade Federal Fluminense, superintendente de operações culturais da Fundação de Artes de São Gonçalo.
Um poema social
Da janela de zinco a criança olhou
A cidade perversa que a condenou
Matando a esperança de um gesto de paz
Embaixo de pontes há seres carnais
E pelas calçadas um cheiro ruim
Com carros partindo a nos reprimir
Entre vidros fechados e faróis pirilampos
Ouço gritos ardentes de crianças em prantos
Menino que mora na favela
Menino de eterna escuridão
Menino que mora na viela
É fruto de nossa omissão
Em copos vazios e pratos sem fundos
A fome se encontra na frente do mundo
Com todos presentes, embora sem ter
Comida decente para o povo comer
Por isso, sigo na vida incomum
Cantando a esperança, vivendo a lembrança
E lutando por um
Menino que mora na favela
Menino de eterna escravidão
Menino que mora na viela
É mera vergonha da Nação.
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