Compactualismo Universal

Estilo literário é a expressão histórica de uma sociedade que dentro de um determinado momento, registra o conflito psíquico coletivo que muda o comportamento humano. A carta de Pero Vaz de Caminha, conhecida como certidão de nascimento do Brasil, foi o primeiro documento registrado no começo do Século XVI, período versado como LITERATURA DE INFORMAÇÃO, onde os relatos para Portugal descreviam à exuberância da nossa flora, fauna e os costumes dos índios. No final do século XX e começo do século XXI, a civilização tem necessidades de idéias compactas e surgem novas ferramentas que as simbolizam: o celular, a TV digital, o computador, são aparelhos conectados em um planeta globalizado. A literatura representa essa inovação, ela acompanha a evolução e adapta-se ao novo tempo. A virada do século mostra-nos momentos de crises: as cidades estão caóticas, o aquecimento global provoca inundações e o ser humano torna-se refém do progresso. O COMPACTUALISMO UNIVERSAL vai de encontro a estas realidades moldando-se ao começo do terceiro milênio. Esse novo estilo nega-se encarar a literatura apenas como forma de entretenimento e faz dessa arte um instrumento de conscientização. O COMPACTUALISMO estimula a cooperação, levando a reflexão coletiva, acentua o equilíbrio entre o antropocentrismo e o teocentrísmo. Isso não é conflitante, e sim, complemento do sentimento humano. Não podemos negar a nossa fé e a habilidade de raciocinar. Portanto, homem e crença se completam na busca de soluções, garantindo a perpetuação da espécie. O leitor do Século XXI é exigente a procura da palavra carregada de húmus, e ao mesmo tempo, capaz de transmitir alta informação estética sem perder a qualidade da fonte informativa. Por fim, devemos compactar os textos, ser mais objetivos em nossos escritos, dando velocidade e ritmo nas sequências das narrativas, e fazer com que o leitor seja crítico da sua própria existência.